
-
Explosão de granada do período da guerra civil no Camboja mata duas crianças
-
Milei se reúne com Trump e aceita reciprocidade de tarifas
-
Milei aprova reciprocidade de tarifas defendida por Trump
-
Gisèle Pelicot incluída entre as mulheres do ano da revista Time
-
Algas tingem praias da Argentina de vermelho
-
Cuba liga primeiro parque fotovoltaico para combater escassez elétrica
-
Como um mosteiro 'esquecido' no norte dos EUA inspirou 'O Brutalista'
-
Professores na Venezuela: aprender a viver com salário pequeno
-
Mecanismo financeiro vinculado à crise do 'subprime' retorna à Europa
-
Meteorito revela a evolução inicial de Marte
-
Amazon assume controle criativo da franquia James Bond
-
Usuários semanais da OpenAI, criadora do ChatGPT, sobem 33% e chegam a 400 milhões
-
Reciprocidade de tarifas entre EUA e UE 'deve beneficiar ambos', diz comissário europeu
-
África do Sul inicia reunião de ministros do G20 com apelo ao 'multilateralismo'
-
Netflix anuncia investimento de US$ 1 bilhão no México
-
Polêmica na França pelo cancelamento de concessão de TV
-
Rubiales é condenado a pagar 10.800 euros por beijo forçado em Jenni Hermoso
-
Coppelia, a 'meca' do sorvete em Cuba que desafia a crise e a oferta privada
-
Detox digital nas noites londrinas sem celular
-
Trem colide com grupo de elefantes e descarrila no Sri Lanka
-
Reach garante investimento para acelerar sua expansão e impulsionar o crescimento de empresas comerciais
-
Colômbia fecha postos de gasolina na fronteira com Venezuela por suspeitas de desvio para tráfico
-
UE apresenta sua 'visão' para a agricultura, com normas mais severas para importação de alimentos
-
Conservadores alemães lideram pesquisas em campanha eleitoral ofuscada pela extrema direita
-
Howard Lutnick é confirmado como secretário de Comércio americano
-
Trump se mantém firme em veto à AP por 'Golfo da América'
-
Risco de asteroide YR4 colidir com a Terra sobe para 3,1%
-
Morre Marian Turski, presidente do Comitê Internacional de Auschwitz
-
No que consiste o escândalo de criptomoedas que envolve Milei e choca a Argentina?
-
Cientistas realizam feito na França em experimento para desenvolver fusão nuclear
-
Exoplaneta tem atmosfera mapeada em 3D
-
O apetite voraz da China pelos portos
-
UE mantém o Panamá em sua lista de paraísos fiscais
-
Chaves para entender a queda da popularidade de Lula
-
Ameaças de Trump tornam mais urgente reforma econômica da UE, diz ex-premiê italiano
-
Afastado da vida pública, príncipe Andrew completa 65 anos
-
Meta vai instalar cabo submarino de 50.000 km em cinco continentes
-
Vítimas de cirurgião pedófilo francês culpam o sistema por se calar: 'Eles sabiam disso e ninguém fez nada'
-
Musk apresenta Grok 3, nova versão de chatbot de IA
-
Tempestades deixam 14 mortos nos Estados Unidos
-
Shakira faz show em Lima após deixar hospital, segundo imprensa peruana
-
Rio se prepara para 'o verão mais quente dos últimos anos'
-
Líderes europeus se reúnem em Paris para responder a EUA sobre Ucrânia
-
Shakira fará show em Lima após deixar hospital, segundo imprensa peruana
-
México anuncia reuniões com EUA sobre comércio e segurança
-
Esportes de inverno, em pleno auge na China apesar do risco climático
-
Onda de calor sufoca o Rio de Janeiro às vésperas do Carnaval
-
Shakira tem alta médica em Lima, segundo imprensa
-
França julgará um cirurgião por agredir ou estuprar 299 vítimas, a maioria crianças
-
Coreia do Sul retira DeepSeek das lojas de aplicativos para revisar política de privacidade

Menos carne, mais frango: argentinos ajustam dieta pela alta inflação
Diego Silva sente o impacto da inflação em seu açougue em Buenos Aires: os clientes ajustam o bolso para comprar carne, produto central na dieta argentina, após uma alta nos preços que afeta o consumo.
A Argentina registrou, na quarta-feira (13), a inflação mensal mais elevada em três décadas, 12,4%, com 124,4% em 12 meses. Tudo subiu, mas, principalmente, a categoria de alimentos (15,6%).
A carne moída comum, que é a mais procurada, subiu, por exemplo, 39,4% em agosto, de acordo com relatório do Instituto Estatal de Estatística (Indec). Outros cortes mais finos também seguem essa linha.
"As pessoas que não têm dinheiro vêm comprar aos poucos, dia após dia", disse Silva à AFP, em frente ao estabelecimento localizado em Mataderos, o histórico "bairro da carne".
“Olham muito os preços, vão para o frango, o porco", completa.
Este é o país do churrasco, onde tudo é comemorado com amigos e familiares, colocando a carne na brasa. De fato, a Argentina é o principal consumidor de carne bovina do mundo, seguida de Uruguai, Estados Unidos, Austrália e Brasil.
Em 2022, o consumo subiu para 52 kg "per capita" e, este ano, "voltará a cair para 46, 47", similar a 2019 e 2020, diz o presidente da Câmara de Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (CICCRA), Miguel Schiariti.
"A carne é o que mais rende, e o argentino é carnívoro", observa Silva.
- 'As pessoas não compravam' -
O preço da carne vinha aumentando este ano a um ritmo inferior ao da inflação geral, influenciado por vários fatores. A seca, por exemplo, forçou muitos produtores a um excesso de oferta, porque o gado de curral engorda mais rápido.
Mas houve uma desvalorização de cerca de 20%, anunciada em 14 de agosto, após as primárias que antecedem as eleições gerais de 22 de outubro, e os insumos - todos em dólares - aumentaram. O preço disparou 70% em duas semanas, e o consumo despencou.
A queda forçou uma correção no mercado, mas "está um pouquinho mais caro", reconhece Silva.
Soledad Nocito, por exemplo, conta que mudou seus hábitos.
"Comecei a comprar menos carne vermelha e mais frango. Comecei a substituir", diz essa professora universitária de 36 anos, que trabalha em dois empregos para sobreviver.
"Compro mais verduras (que também subiram) por causa do aumento do preço da carne", completa.
- "Assusta um pouco" -
René Godoy caminha por Mataderos com a compra da semana.
Gastou 20 mil pesos em carne, cerca de US$ 55 (R$ 267,85 na cotação atual).
"Assusta. Assusta um pouco", diz este funcionário em um restaurante. "Compro para a semana, a cada semana para poder sobreviver, porque o dinheiro não dá", desabafou.
"Hoje comprei isso, amanhã, ou quem sabe na outra segunda-feira, talvez esteja mais caro", acrescenta.
Schiariti, do CICCRA, estima que o preço continuará a aumentar neste e no próximo ano.
Com o fim do fenômeno La Niña e a volta das chuvas, os produtores esperam poder deixar seus animais mais no pasto e controlar o mercado. Devido ao clima, porém, muitos animais morreram, havendo menos vacas prenhes e, consequentemente, menos oferta.
"Vamos ter entre 1,3 milhão e 1,5 milhão de bezerros a menos", antecipou Schiariti.
M.Anderson--CPN