- Kris Kristofferson, ator e estrela da música country, morre aos 88 anos
- Ator Damian Lewis incorpora um pastor para perpetuar uma tradição medieval britânica
- Claudia Sheinbaum assume a presidência de um México que enfrenta grandes desafios
- Inundações no Nepal deixam mais de 140 mortos
- Missão da SpaceX foi ao resgate de astronautas presos na ISS
- Naufrágio nas Ilhas Canárias mata nove migrantes e deixa 48 desaparecidos
- Kamala promete reforma migratória, em primeira visita eleitoral à fronteira
- Moody's reduz nota de crédito de Israel por aumento de 'riscos geopolíticos'
- Kamala vai à fronteira com o México para somar pontos sobre migração
- O que os universitários argentinos pedem ao governo Milei?
- Morre aos 89 anos a atriz britânica Maggie Smith, famosa por 'Harry Potter' e 'Downton Abbey'
- Inflação volta a desacelerar em agosto nos EUA, às vésperas das presidenciais
- Cruzeiro de luxo bloqueado em Belfast há meses finalmente vai iniciar sua volta ao mundo
- Loewe convida mulheres a voar em vestidos flutuantes, Miyake as embrulha em papel
- O consentimento no centro do julgamento por estupros na França
- Uefa sanciona Barça por cartaz com referência a saudação nazista
- Morre aos 89 anos a atriz britânica Maggie Smith, vencedora de dois Oscar
- Escassez de água esgota a paciência dos cubanos em meio à crise
- Sobe para 60 o número de acusações de agressão sexual contra o falecido magnata Al Fayed
- Futebol brasileiro apresenta a primeira Taça dos Povos Indígenas
- Pobreza dispara e atinge metade da população da Argentina
- Helene se torna 'perigoso furacão' de categoria 3 ao se aproximar da Flórida
- X afirma que cumpriu exigências judiciais e pede desbloqueio no Brasil
- Naufrágio de barcaça petrolífera deixa dois mortos e quatro desaparecidos na Venezuela
- 'Brecha cambial', um velho fantasma que assombra a Venezuela pós-eleitoral
- Colômbia desiste de renegociar dívida de US$ 5,4 bilhões com o FMI
- 'Social Studies', uma visão íntima da vida digital da Geração Z
- Diretor-geral da Harrods denuncia 'cultura tóxica' durante gestão de Al Fayed
- John se torna um furacão novamente na costa do Pacífico do México
- Missão PLATO partirá em 2026 em busca de terras habitáveis em outros planetas
- China admite que sua economia enfrenta 'novos problemas'
- Meta inclui vozes célebres em chatbot de IA e apresenta óculos de realidade aumentada
- Sem seu mentor, Dries Van Noten mantém o sarrafo alto nas passarelas de Paris
- Google aciona Microsoft na Comissão Europeia por suposto monopólio da nuvem
- Costas-Gravas é uma das principais atrações de San Sebastián nesta quarta-feira
- Hollywood é mais útil para Kamala por seu dinheiro do que pelo apoio, dizem especialistas
- Google denuncia Microsoft à Comissão Europeia por suposto monopólio da nuvem
- A tarefa 'quixotesca' de um homem para tornar mais verde a cinzenta São Paulo
- Melania Trump sai do silêncio para promover sua autobiografia
- Espanha se recusa a participar da posse de Sheinbaum no México devido à exclusão do rei
- Incêndios florestais deixam Quito em 'situação crítica'
- Líderes mundiais se unem na ONU contra extremismos e desinformação
- Boeing flexibiliza condições de proposta para acabar com greve
- Dior homenageia as atletas com desfile de amazonas em Paris
- Chile, Brasil e Uruguai lideram uso de inteligência artificial na América Latina
- Uso de 'cápsula' de suicídio na Suíça leva à prisão de várias pessoas
- Rei da Tailândia promulga lei sobre o casamento homossexual
- Opep diz que abandono dos combustíveis fósseis é 'fantasia'
- Furacão John, rebaixado a tempestade tropical, deixa dois mortos no México
- San Sebastián certifica seu amor por Johnny Depp
Governo do México diz ter localizado 16.681 desaparecidos, a maioria desde 2006
O governo do México apresentou, nesta quinta-feira (14), um relatório polêmico segundo o qual as autoridades localizaram 16.681 pessoas reportadas como desaparecidas em um registro nacional que reúne mais de 110.000 casos, a grande maioria desde 2006, devido à violência do narcotráfico.
Depois de depurar desde maio passado a base de dados nacional, que reporta casos desde 1961, constatou-se que, "dos 110.964 registros (de desaparecimentos), 15% já foram localizados", disse a secretária do Interior, Luisa María Alcalde, durante entrevista coletiva da Presidência.
O presidente Andrés Manuel López Obrador anunciou há meses que o registro nacional de desaparecimentos seria revisado detalhadamente, por ter sido administrado de maneira maliciosa, ou por estar desatualizado.
Esse processo foi alvo de críticas por parte dos defensores de direitos humanos, políticos da oposição e coletivos de familiares de desaparecidos, que acusam o governo de tentar reduzir os números.
"Não apagamos ninguém, incluindo os 16.681 que já estão identificados, não vão ser apagados" do registro, assegurou o mandatário.
Até a manhã desta quinta, o registro de pessoas desaparecidas, gerido pelo governo e que é atualizado constantemente com dados de procuradorias estatais, somava 113.322 casos.
O governo revisou 110.964 registros acumulados até agosto. O processo continuará e haverá relatórios bimestrais.
- 11% de casos confirmados -
"Não estamos desaparecendo com desaparecidos, não se apagou nem se apagará nenhum registro", disse Alcalde ao apresentar os resultados do polêmico projeto.
O governo revisou os registros oficiais - como pagamentos de impostos, serviços de saúde ou escolares, e outros -, para determinar se havia algum sinal de vida dos desaparecidos.
Alcalde detalhou que encontraram provas fidedignas do paradeiro de 16.681 pessoas. Desse total, 3.945 foram encontradas em suas casas, e 8.405 têm alguma prova de vida fornecida pelas autoridades locais. Descobriu-se também que 197 estão presas e que 4.134 morreram.
A funcionária contou, ainda, que "há indícios importantes de localização" de outras 17.843 pessoas, reportadas na mesma base de dados de desaparecidos.
Segundo o governo, entre os mais de 110 mil casos que revisaram, apenas em 12.377 (11%) encontraram elementos que confirmam o desaparecimento, uma vez que são alvo de investigações nos Ministérios Públicos locais.
A ex-chefe da Comissão Nacional de Busca de Desaparecidos, Karla Quintana, demitiu-se em agosto passado por discordar da maneira como o registro estava sendo atualizado.
- Números imprecisos -
Esse relatório foi recebido com ceticismo por coletivos de familiares de desaparecidos consultados pela AFP, pois consideram que existe uma subnotificação de casos porque não há denúncia ou não foram incluídos na estatística oficial.
Héctor Flores, da organização Luz e Esperança, do estado de Jalisco (oeste), explicou à AFP que sua associação reúne familiares de cerca de 400 pessoas cujo paradeiro é desconhecido, mas nenhuma aparece no registro nacional.
"Foi apresentada uma denúncia de 90% de desaparecimentos, mas o Ministério Público estadual não as reportou ao governo federal. E, desta maneira, pode ocorrer em outros estados", disse.
Flores explicou que nenhum dos integrantes do coletivo foi consultado pelas autoridades federais ou estaduais.
Jalisco, estado que concentra o maior número de desaparecimentos, revisou sua estatística mediante um censo para avaliar cerca de 14.500 casos de desaparecimentos, mas Ríos defende que, com base nos relatórios dos coletivos, seriam cerca de 18.000.
Cecilia Flores, das Madres Buscadoras do estado de Sonora e cujo filho desapareceu em 2015, reconheceu que o registro nacional pode ter imprecisões, já que seu coletivo comprovou que quando as pessoas são localizadas, algumas famílias preferem não retirar a denúncia por medo, sobretudo se viverem em zonas com presença do narcotráfico.
"Mas também há uma subotificação porque muitos desaparecimentos não são denunciados por medo. O que se necessita, mais que depurar o registro, é que o governo faça seu trabalho: investigar e localizar nossos desaparecidos", acrescentou.
O registro inclui casos desde 1961, mas a grande maioria dos desaparecimentos se acumulou desde 2006, quando o governo federal lançou uma polêmica operação militar contra as drogas.
Um dos casos mais emblemáticos é o desaparecimento de 43 estudantes da escola normal de Ayotzinapa (estado de Guerrero, sul), em setembro de 2014.
Segundo números oficiais, desde dezembro de 2006, foram contabilizados mais de 420.000 homicídios, além dos desaparecimentos.
X.Wong--CPN