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Famílias solicitantes de asilo em Nova York enfrentam dificuldades
Sally, de 12 anos, estava aos prantos nesta quarta-feira (10). A expulsão do hotel onde ela e sua família colombiana passaram o último ano a impediu de se despedir de suas colegas do grupo de Escoteiras organizado em seu abrigo em Nova York.
"Tínhamos que sair às 11 da manhã e a aula era às 6 da tarde, e ela não pôde entrar", explica à AFP sua mãe, Karol Hernández. Junto com o marido, Sebastián Arango, e um bebê de um ano e meio, ela precisou recomeçar o processo do zero no centro administrativo instalado no Hotel Roosevelt para solicitar novo alojamento.
Em meio a uma tempestade de frio e chuva, a prefeitura de Nova York, sobrecarregada pela crise migratória, começou a implementar esta semana as novas regras que limitam a estadia das famílias a um máximo de 60 dias no mesmo abrigo.
Após esse período, os solicitantes de asilo precisam recomeçar do zero para encontrar um lugar em um dos mais de 200 centros habilitados na cidade, onde competem com os recém-chegados.
"Sessenta dias é muito pouco tempo para alguém que está chegando à cidade, porque os processos legais levam muito mais tempo, para obter uma permissão de trabalho, para conseguir um TPS [Estatuto de Proteção Temporária]", diz o venezuelano Angelo Chirino, de 22 anos, que chegou à cidade em novembro com sua esposa e o filho de um ano.
Mais de 160 mil pessoas, a maioria latino-americanas - especialmente venezuelanas -, chegaram à cidade desde o início da crise migratória há quase dois anos, muitas vezes em ônibus fretados por governadores republicanos de estados do sul, como o texano Greg Abbott, em protesto contra a política migratória do governo do democrata Joe Biden, em uma batalha que mira as eleições presidenciais de novembro.
Sobrecarregado por uma avalanche que não para de crescer, o prefeito democrata de Nova York, Eric Adams, anunciou no final do ano passado novas medidas e multas para tentar limitar a chegada de ônibus com imigrantes, ao mesmo tempo em que pede ajuda federal e aceleração dos vistos de trabalho para enfrentar esta "crise nacional".
Atualmente, cerca de 70 mil pessoas estão alojadas pela cidade, que, em um caso único no país, é obrigada a fornecer abrigo a quem o solicitar.
O mesmo caminho deveria ser seguido nesta quarta-feira pela centro-americana Blanca, de 35 anos, que não quis revelar seu sobrenome por questões de segurança. Sua estadia no hotel onde ficou no último ano expirou nesta quarta-feira.
- Educação afetada -
Sua filha mais velha, de 14 anos, não foi à escola com medo de não saber para onde ir na saída, explica à AFP sua mãe, com lágrimas nos olhos.
As regras da prefeitura também afetarão os jovens, já que muitos terão que mudar de escola ou aumentar o tempo de viagem em transporte público, lamentam os críticos das medidas da prefeitura.
Com duas filhas sob sua responsabilidade, incluindo um bebê com menos de um ano, Blanca teve que começar do zero para conseguir um novo abrigo, dependendo das vagas disponíveis, que só podem ser solicitadas no mesmo dia da saída do anterior.
"Ninguém está me ajudando [a processar a documentação]. Eu teria que pagar [um advogado] e como pago se não tenho trabalho? Com trabalho, sei que é possível melhorar a situação com minhas filhas", disse.
- Círculo vicioso -
Sem recursos, sem falar inglês e incapaz de trabalhar, nem mesmo por algumas horas porque não tem com quem deixar seu bebê, o caso de Blanca reflete o círculo vicioso em que muitos solicitantes de asilo monoparentais se encontram.
Mais sorte teve a nicaraguense Sandra Gómez, que depois de mais de 6 meses no hotel acabou de receber a permissão de trabalho e está indo com suas malas, sua filha Yulisa, de 17 anos, e seu marido para uma casa alugada com outras quatro famílias no vizinho estado de Nova Jersey.
"Agora tenho que procurar trabalho", diz com um sorriso nos lábios, embora sua filha tenha que mudar de escola no meio do ano letivo.
Depois de quase dois anos em Nova York e sem documentos nem trabalho, o ex-militar venezuelano Javier Semeco, de 34 anos, acompanhado de seu filho pequeno, quer que o ajudem a ir para Kansas City, no estado do Missouri.
"Mas não conheço ninguém que possa me receber e não querem me ajudar", disse, chorando. "Eu vim aqui para trabalhar, não para depender do governo".
P.Schmidt--CPN