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Nicolás Maduro, 'um presidente operário' que governa com mão de ferro
O presidente Nicolás Maduro comemora em frente a uma multidão no palácio do governo venezuelano: ele veste uma jaqueta militar e chapéu de camponês, empunhando a espada de um herói da guerra civil do século XIX.
"A vitória nos pertencerá para sempre, a vitória é nossa!", exclama Maduro, ungido por Hugo Chávez como seu sucessor, ampliando seu poder em meio a questionamentos sobre sua reeleição e acusações de violações de direitos humanos, enquanto tenta retratar a imagem de um homem comum, "um presidente operário".
Maduro foi empossado nesta sexta diante do Parlamento, controlado pelo chavismo. Seu terceiro mandato o projeta para permanecer 18 anos no poder, mais do que Chávez, que passou 14 anos no palácio presidencial (1999-2013), e perdendo apenas para o ditador Juan Vicente Gómez, que governou por 27 anos (1908-1935).
"Juro que este novo período presidencial será um período de paz", prometeu ao tomar posse.
Alto, com um bigode espesso, este ex-motorista de ônibus e líder sindical de 62 anos explora os estereótipos de "homem do povo" para seu próprio benefício político.
Ele evoca um passado de vida simples em longas transmissões televisivas noturnas com Cilia Flores, sua esposa e "primeira combatente", uma poderosa dirigente nos bastidores.
Formado em Cuba, Maduro foi parlamentar, ministro das Relações Exteriores e vice-presidente de Chávez.
Seus adversários equivocadamente o subestimaram. Ele conseguiu eliminar a resistência do Partido Socialista da Venezuela (PSUV), que está no poder, e manteve a oposição sob controle com apoio militar.
- "Indestrutível!" -
Classificado como "ditador" por seus opositores, Maduro foi designado por Chávez como seu herdeiro político em 9 de dezembro de 2012, antes de o então presidente viajar para Cuba para tratar um câncer, do qual morreu três meses depois.
Sua "opinião firme, plena como a lua cheia", era de que seu então vice-presidente deveria sucedê-lo.
Durante seu governo, manifestações maciças foram duramente reprimidas por militares e policiais em 2014, 2017 e 2019, com centenas de mortos.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) abriu uma investigação por crimes contra a humanidade.
Maduro também manobrou em meio a uma série de sanções internacionais após sua reeleição em 2018, boicotada pela oposição e não reconhecida por mais de 50 países.
Permaneceu no cargo apesar de uma crise econômica sem precedentes no país de 30 milhões de pessoas, com o PIB encolhendo 80% em uma década e quatro anos consecutivos de hiperinflação.
Um governo paralelo mal-sucedido da oposição, escândalos de corrupção, denúncias de ataques... e Maduro permanece na cadeira presidencial, "indestrutível", segundo o slogan do desenho animado de propaganda "Super Bigode", que mostra o mandatário na TV estatal como um super-herói que luta contra monstros e vilões enviados pelos Estados Unidos e pela oposição venezuelana.
- "Realpolitik" -
Maduro ostenta o poder com apoio dos militares e das forças de segurança, em meio a alegações de prisões arbitrárias, julgamentos fraudulentos, tortura e censura.
Ele não tem o carisma de Chávez, embora o imite com discursos longos nos quais mistura questões políticas duras e beligerantes com piadas e anedotas pessoais.
Contudo, além da retórica, soube fazer "realpolitik": cortou gastos públicos, eliminou tarifas para impulsionar as importações e acabar com o desabastecimento e permitiu o uso informal do dólar, que hoje reina em um país onde lojas e restaurantes de luxo reapareceram, embora apenas para uma pequena parcela da população.
O mandatário conseguiu negociar com Washington, apesar de seu discurso "anti-ianque".
Ele retomou parcialmente o comércio de petróleo com licenças para empresas como a Chevron e garantiu a libertação da prisão de dois sobrinhos de sua esposa condenados por tráfico de drogas nos Estados Unidos e do empresário Alex Saab, acusado de ser seu homem de frente e que está sendo julgado na Flórida por lavagem de dinheiro.
Maduro se define como "marxista", "cristão" e "bolivariano" e tem um relacionamento próximo com os evangélicos. "Cristo está conosco!", repete ele.
H.Meyer--CPN