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Maduro estende 'tapete vermelho' a investidores após saída da Chevron da Venezuela
O presidente chavista Nicolás Maduro disse nesta terça-feira (11) que a Venezuela está aberta a novos investimentos estrangeiros em petróleo, após a revogação da licença à americana Chevron.
Os Estados Unidos ordenaram o encerramento das atividades da Chevron a partir de 3 de abril.
"Quem quiser vir trabalhar conosco, portas abertas, tapete vermelho e abraços de amor", indicou Maduro, cuja reeleição em julho do ano passado é tachada de fraude pela oposição e não é reconhecida por Estados Unidos, União Europeia e boa parte dos governos da América Latina.
A Venezuela está "aberta a todos os investidores internacionais em petróleo, gás, petroquímica e refino, temos as portas abertas sem obstáculos para que o mundo inteiro venha produzir", declarou o mandatário.
Maduro afirmou que "todos os campos petrolíferos do país seguirão produzindo" mediante a "aplicação do plano de independência produtiva soberana", sobre o qual não ofereceu detalhes.
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos Estados Unidos (OFAC, na sigla em inglês) ordenou o "encerramento das atividades" da Chevron e de suas "empresas conjuntas" com a petrolífera estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) ou com qualquer companhia na qual esta última possua "uma participação de 50%", cumprindo assim uma determinação do presidente americano Donald Trump.
Em 4 de março, entrou em vigor a licença 41A que revoga a emitida em novembro de 2022 pelo governo do ex-presidente democrata Joe Biden. Graças a essa flexibilização, a Chevron retomou as operações na Venezuela em meio a um embargo imposto em 2019, durante o primeiro mandato de Trump.
Maduro informou, ademais, que a produção em fevereiro superou um milhão de barris diários (1.058.000 bd), "e, no mês de março, isso vai seguir crescendo passo a passo, de maneira segura".
Desse total, a Chevron, que operava em sociedade com a PDVSA em quatro projetos de petróleo, era responsável por cerca de 200.000 barris diários (bd).
Medidas semelhantes podem recair sobre a espanhola Repsol ou a francesa Maurel & Prom, que operam na Venezuela graças a licenças individuais.
A.Samuel--CPN