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Estudo examina efeito do ecstasy no trauma dos sobreviventes do ataque do Hamas
A artilharia dos combates em Gaza soa à distância enquanto Shye Klein-Weinstein caminha lentamente pelo memorial das quase 400 pessoas mortas no festival Nova, no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023.
O fotógrafo, de 28 anos, que sobreviveu ao ataque do Hamas, relembra como se desenrolaram os acontecimentos deste dia.
Em alguns vídeos, estão gravados os últimos minutos de vida de jovens que estavam no festival.
Klein-Weinstein, que veio do Canadá para Israel quatro meses antes do ataque, relembra um detalhe do festival: neste dia, ele consumiu ecstasy.
Embora esteja traumatizado, a análise preliminar de um estudo realizado pela Universidade de Haifa, em Israel, sugere que o MDMA (ecstasy) consumido por algumas pessoas nas horas anteriores ao ataque pode ter agido como um amortecedor contra o trauma.
"Fui para o Nova com meu primo e vários amigos (...). Foi meu primeiro festival de música", relata Klein-Weinstein, que relembra que cada um tomou em média um quarto da droga.
- Novas descobertas -
A Universidade de Haifa acompanhou 657 sobreviventes do Nova, tanto pessoas que usaram drogas quanto participantes que não usaram.
Os resultados preliminares do estudo mostram que as pessoas sob o efeito do MDMA tiveram "resultados intermediários significativamente melhores em comparação com os que estavam sob a influência de outras substâncias" ou que não haviam usado nenhuma droga.
O estudo, que foi aceito recentemente para publicação na revista World Psychiatry, mostrou que o grupo que consumiu MDMA teve mais interações sociais e uma melhor qualidade de sono depois do evento e isso "reduziu os níveis de angústia" e a gravidade dos sintomas de estresse pós-traumático.
"Estas descobertas são únicas, é algo que nunca foi relatado, porque nunca foi estudado antes, porque é algo que nunca aconteceu", diz Roee Admon, um dos pesquisadores que liderou o estudo.
Admon explica que os estudos sobre o trauma estão muito consolidados, mas que o ataque ocorrido no festival Nova abriu uma nova porta.
"Não sabíamos nada sobre como o trauma se desenvolve quando, durante o evento traumático, a pessoa está sob influência de substâncias como a cannabis, o álcool ou drogas psicodélicas como LSD e MDMA", disse o especialista, que destaca que um evento massivo no qual 4.000 pessoas são expostas ao mesmo tempo a um trauma, também é incomum.
Admon afirma que gostaria de pensar que se algo traumático lhe ocorresse, gostaria de estar "no controle", livre da influência de qualquer substância.
No entanto, as descobertas vão contra este pensamento. "É muito surpreendente", assegura.
O pesquisador esclarece que, embora o MDMA tenha dado apoio aos sobreviventes do festival Nova, os efeitos do transtorno de estresse pós-traumático continuam extremamente altos.
Admon também apontou que o estudo está limitado pelo "viés do sobrevivente", que exclui as pessoas mortas no ataque.
- "A droga do amor" -
No memorial do Nova, Klein-Weinstein relata que luta contra o trauma e segue em terapia. No entanto, acredita que ter consumido MDMA pode ter suavizado os sintomas.
Por outro lado, ele enfatiza que não quer que as pessoas pensem que o MDMA os salvou ou "os protegeu".
"Não conheço ninguém que não morreu porque usou MDMA. Foram tão vulneráveis quanto os demais, todos estiveram na mesma situação", diz.
O sobrevivente destaca que o ecstasy é conhecido como "a droga do amor" e afirma que "te faz querer abraçar seus amigos, dançar, rir e sorrir".
"Quando tudo aconteceu, notei que não tinha medo por mim", relembra.
"A minha única preocupação era não poder ajudar meus amigos ou que algo acontecesse a eles, e que eu fosse totalmente inútil, incapaz de fazer algo, esse foi um sentimento horrível, de falta de controle", aponta.
Vered Atzmon-Meshulam, uma psicóloga especialista em trauma e diretora da Divisão de Resiliência da ONG israelense de atendimento pós-desastres Zaka, disse à AFP que não ficou surpresa com o estudo, pois pesquisas anteriores indicaram que o MDMA pode ajudar a tratar a síndrome do estresse pós-traumático.
"Precisamos passar para a próxima fase, que inclui tratamentos com substâncias psicodélicas para proporcionar um alívio real e generalizado, não apenas para as pessoas que estiveram no Nova, mas para muitas outras que sofrem de estresse pós-traumático", diz ela.
A.Levy--CPN