Coin Press - Rio se prepara para 'o verão mais quente dos últimos anos'

Rio se prepara para 'o verão mais quente dos últimos anos'
Rio se prepara para 'o verão mais quente dos últimos anos' / foto: Tercio TEIXEIRA - AFP

Rio se prepara para 'o verão mais quente dos últimos anos'

No Rio de Janeiro, "a gente está esperando o verão mais quente dos últimos anos", disse nesta segunda-feira (17) à AFP Daniel Soranz, secretário de Saúde da cidade, onde o calor se intensifica enquanto o Carnaval se aproxima.

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Em janeiro, o sistema público de saúde carioca "já registrou um pouco mais de 3 mil atendimentos devido ao calor intenso", a maioria por queimaduras solares, descompensação de doenças crônicas e desidratação, explicou Soranz.

"É quase o dobro do número de atendimentos dos anos anteriores. A gente tem uma média de 1.600, 1.700" casos, detalhou.

Nesta segunda, o Rio alcançou pela primeira vez o quarto nível em uma escala de cinco níveis de alerta de calor estabelecida em junho de 2024 pelo município, baseada na temperatura e umidade.

Três dias consecutivos com temperaturas máximas entre 40 e 44 graus levaram o governo municipal a estrear o quarto nível.

"No verão, normalmente a gente fica no calor 3, o índice de calor 3, que é um índice que a gente considera que basta recomendações sobre hidratação e proteção, exposição direta ao sol."

Ao chegar ao nível 4, "a gente já começa a fazer recomendações de suspensão de atividades físicas em áreas abertas" e que "os trabalhadores que estejam trabalhando em áreas expostas ao sol diminuam sua jornada de trabalho", acrescentou Soranz.

O secretário descartou suspender o Carnaval, que atrai centenas de milhares de turistas ao Rio e será celebrado entre 28 de fevereiro e 8 de março.

No entanto, a prefeitura aconselha os foliões a "se protejam nos horários de pico", evitando ficar sob o sol entre 10h e 14h.

No Sambódromo, os desfiles das escolas de samba "começam depois que o sol está se pondo para evitar o calor intenso", lembrou o secretário.

Quanto ao Carnaval de rua, "a maioria dos blocos oficiais ou dos grandes blocos estão em horários ou logo no início da manhã ou para o fim da tarde".

A atual onda de calor também está afetando outras regiões do Brasil.

O país tem sido particularmente afetado por eventos climáticos extremos nos últimos anos, entre secas históricas e inundações devastadoras, vinculados, segundo especialistas, ao aquecimento global.

A.Mykhailo--CPN